Família vibracional é Piramidismo Cromático

Por Carlos Eduardo Pérez Adames

De todas as minhas obras até hoje, esta é a mais atualizada devido à minha experiência de pesquisa nos temas que me trouxeram até este ponto da minha vida e experiência.


Esta obra nasce como uma forma de agradecimento ao mestre Gotasi. No início, comecei com um design muito simples, mas à medida que trabalhava nela, minha energia, vibração e conexão com a arte e com Deus me davam ideias para melhorar cada intervenção. Isso porque eu não dedico 100% do meu tempo a essa atividade, já que tenho que trabalhar como qualquer pessoa responsável e cumprir com minhas obrigações pessoais, familiares e outras. Eu trabalho na Universidade CORHUILA (Colômbia), na minha cidade Neiva, como auxiliar de serviços gerais. Por isso, divido meu tempo entre várias atividades, mas nunca parei de pintar, pois é minha paixão. Tanto é que, quando estou nesse estado de arte, até esqueço que existo. Esta obra, chamada "Família Vibracional", foi criada a partir de 8 de fevereiro de 2024. Comecei a pesquisar imagens relacionadas ao mestre Gonzalo Tayo Silva sem que ele soubesse. Fui baixando imagens e informações para, depois, juntá-las e plasmá-las.


Na primeira semana do processo de criação, o foco foi conseguir as informações. O design foi feito a lápis em um papel bond base 16. Após essa semana, transferi o desenho para a tela, que também foi preparada por mim. Preparei o bastidor com polines de 2,5 x 2,5 cm, seguido de dois tipos de tecidos reciclados: algodão 100% e poliéster, devidamente lavados e preparados. Apliquei uma base de vinil branco acrílico e, em seguida, utilizei a técnica do manchado com tinta acrílica. Durante o processo de criação e composição, fui melhorando a obra, misturando técnicas e conhecimento no pouco que sei desse meio artístico. Fui comprar alguns materiais que faltavam para esta obra e me falaram sobre uma nova tinta que havia chegado à cidade, que mudava de cor conforme a exposição a dois tipos de energia: artificial e solar. Pesquisei sobre esse material e, antes de usá-lo, fiz vários testes. Voltando ao processo da obra, apliquei a camada de tinta que ficaria definitiva, misturando acrílicos fluorescentes normais e essa tinta especial. A cada momento, eu me esforçava para fazer o melhor possível, visando um excelente resultado. Cada vez mais eu gostava do que via. Obviamente, tenho que agradecer ao meu Pai Celestial por ter me dado esse dom maravilhoso para realizar bem o meu trabalho.



As semanas seguintes foram complicadas, porque desde o início da obra eu havia decidido que esta, assim como a anterior, teria um código QR que levaria à gravação da voz do mestre Gotasi com a frase vibracional "Viva Deus, viva a arte". Revisei várias gravações de voz que ele havia enviado ao grupo, mas nenhuma era ideal para o que eu queria. Então, conversei com o mestre Gotasi e pedi sua colaboração para gravar a mensagem, o que tornou tudo possível, graças à ajuda de um amigo engenheiro de sistemas chamado Yohan Silva, que colaborou na elaboração do código. A obra também contém uma citação bíblica que me inspirou sobre a família, porque considero muito importante e interessante colocar nosso Pai Celestial em nossas vidas, inclusive com a frase que o mestre Gotasi sempre diz: "Que viva Deus, que viva a arte". Esta obra contém elementos figurativos, abstratos, realismo, cores, relevos e outros elementos.


Começamos com o fundo em cores frias sobre quentes. A figura atrás do mestre é um triângulo de tom claro, de onde toda a criação da obra se origina. A partir desse triângulo, surgem as diferentes ondas vibracionais provenientes da energia dele. Acima desse triângulo, há um círculo, cujo significado é infinito, que representa o sol e a criação de Deus. Por meio dele, recebemos a energia para tudo. À frente dos triângulos, está a imagem do mestre Gonzalo Tayo Silva. Seu rosto segue um exemplo de cubismo, onde se percebe o perfil do mestre no retrato, e de seu cabelo emanam várias ondas vibracionais, levando dentro delas ondas vetoriais de energia, reproduzindo assim os nomes de cada um de seus familiares: esposa, filhos e filhas. No lado direito do rosto, na esquina da base do triângulo, há uma espécie de tecido especial, como uma rede, onde se encontra um veado-de-cauda-branca original de Ambato, no Equador. No lado esquerdo da obra, existe uma onda vibracional vetorial que diz "família". Em várias partes desta obra, há quadradinhos de várias cores, que representam os diferentes caminhos que o protagonista percorreu para alcançar tudo o que se relaciona a ele mesmo, o que não foi nada fácil, pois não são apenas caminhos, mas também situações, a união de várias pessoas que compartilharam sua jornada neste mundo, seus triunfos, aventuras e avatares.


A obra também representa toda a sua região: seus rios, flora, frutas e escudo. Nele, encontra-se uma rã chamada Hambatu negra (Cantelopus ignescens). Provavelmente, a palavra Kichwa que poderia ser traduzida como "a colina da rã", de onde pode vir o nome de sua cidade, Ambato.


No mesmo lado, na borda esquerda, está o código QR que contém a voz do mestre, e acima dele, uma citação bíblica: Gênesis 1:28, que fala sobre a bênção da família pelo nosso Pai Celestial Todo-Poderoso. Do outro lado, sob o triângulo, no ombro, há uma pequena influência do piramidismo do mestre francês Gregory Dubus, assim como uma flor representativa da região, o hibisco, que é uma flor muito bonita. Nesta obra, encontram-se moldes ou estênceis para fazer sapatos, já que o mestre passou um tempo trabalhando nessa bela arte.


Por Carlos Eduardo Pérez Adames é artista plástico na Colômbia


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