Justiça pode suspender candidatura de Pablo Marçal por suspeita de abuso econômico

Denúncia alega que Pablo Marçal teria impulsionado sua imagem nas redes sociais, o que é proibido pela legislação eleitoral


O promotor eleitoral Fabiano Augusto Petean solicitou que a Justiça suspenda temporariamente o registro de candidatura de Pablo Marçal (PRTB), que concorre à prefeitura de São Paulo. O pedido foi feito até que seja concluída a análise de uma ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) que acusa Marçal de abuso de poder econômico durante a pré-campanha. Além disso, o promotor requereu a quebra de sigilo fiscal e bancário das empresas ligadas ao ex-coach e empresário. Caso seja condenado, Marçal pode ficar inelegível por oito anos.


A ação do Ministério Público Eleitoral (MPE) foi fundamentada em uma denúncia que alega que Marçal teria impulsionado sua imagem nas redes sociais, prática proibida pela legislação eleitoral. Até o momento, o candidato não se pronunciou sobre as acusações. Segundo o promotor, o material coletado sugere que Marçal estaria utilizando as redes sociais para financiar a disseminação de sua propaganda eleitoral, através de pagamentos a apoiadores e "cabos eleitorais" para que promovam suas ideias e candidatura. Petean destacou que, embora o impulsionamento não seja realizado diretamente pelo candidato, ele estaria incentivando seus apoiadores a divulgarem suas mensagens, criando uma situação que pode parecer voluntária, mas que seria, na verdade, financiada.


De acordo com a petição inicial protocolada pelo MPE no sábado, dia 17, há evidências, como vídeos e reportagens, que indicam que Marçal estaria recrutando colaboradores para disseminar seus conteúdos nas redes sociais e serviços de streaming, o que configuraria uma prática ilícita e abusiva com fins eleitorais. O promotor também apontou que o suposto incentivo ao eleitorado pela internet, sem a devida transparência nos pagamentos ou na prestação de contas, sugere a existência de recursos financeiros não declarados, o que poderia desequilibrar o processo eleitoral.

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