Milei intensifica críticas contra o Brasil e fala em "campanha do medo"

O candidato ameaçou por diversas vezes romper relações com o Brasil, caso seja eleito presidente da Argentina

No último comício antes do segundo turno da eleição presidencial na Argentina, o candidato opositor Javier Milei, da coligação 'A Liberdade Avança', aumentou suas críticas contra o Brasil e os brasileiros. Ele voltou a criticar diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  


Em um evento na cidade de Rosario, Milei instou seus eleitores a não se deixarem influenciar pelo que chamou de "campanha do medo" liderada pelo adversário Sergio Massa, da 'União pela Pátria'.


A involução da relação bilateral 


Durante seu discurso, Milei acusou Massa de trazer brasileiros para difamar sua campanha, associando-os ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 


O candidato expressou sua preocupação sobre a possível reprise de uma relação tensa semelhante à vivida entre o presidente Alberto Fernández e o ex-presidente Jair Bolsonaro, caso ele seja eleito. 


Embora tenha afirmado que os empresários serão livres para negociar, Milei indicou que seu governo não terá uma relação direta com o Brasil.


Se houver vitória de Milei, especula-se sobre a normalização da relação bilateral ao longo do tempo, dada a dependência mútua entre Argentina e Brasil em suas extensas agendas econômicas. 


O Brasil, como principal parceiro comercial da Argentina, tornou-se um tema recorrente durante a campanha, influenciando as intenções de voto, conforme indicado por pesquisas recentes. 


O ex-presidente Lula, embora não tenha mencionado diretamente os candidatos, destacou a importância da relação entre os dois países e sugeriu preferência por Massa, defensor do Mercosul e da cooperação bilateral.

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