Marina Silva se distanciou do PT por anos, mas iniciou uma campanha de reaproximação como resposta às políticas de Bolsonaro em relação à Amazônia
Mercopress - A líder ambientalista Marina Silva alertou nesta segunda-feira que a democracia está em jogo nas eleições do próximo mês ao anunciar seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Partido dos Trabalhadores (PT) contra o atual presidente Jair Bolsonaro.
“Temos a ameaça de ameaças, ameaça nossa democracia com a corrosão de nosso tecido social”, disse o líder do partido Rede de Sustentabilidade (vermelho, centro-esquerda), que também falou em “democracia ou barbárie”.
Ela insistiu: “Democracia ou aniquilação dos povos indígenas. Democracia ou aniquilação dos negros que estão morrendo em nossa periferia, democracia ou destruição da Amazônia”.
“Manifesto meu apoio de forma independente a Lula”, ressaltou durante entrevista coletiva conjunta em São Paulo. Lula e Silva já haviam se reunido no domingo para discutir questões ambientais.
Silva foi Ministro do Meio Ambiente de 2003 a 2008 no governo Lula. Em 2009, ela deixou o PT após 30 anos. Em 2014, quando concorreu à presidência, foi fortemente atacada pela campanha de Dilma Rousseff (PT). Na época, ela chegou a afirmar que nunca pensou que o PT tentaria destruí-la.
Silva já endossou a candidatura de Fernando Haddad (PT) a governador de São Paulo.
Lula postou uma foto dele e Silva no domingo, dizendo que conversaram por duas horas e que ela havia feito “propostas para um Brasil mais sustentável.
”Hoje, a meu convite, depois de muitos anos, reencontrei @MarinaSilva. Recordamos nossa história, desde quando nos conhecemos. Conversamos por duas horas e ela me apresentou propostas para um Brasil mais sustentável e justo, que voltará a proteger o meio ambiente”, escreveu Lula no domingo.
Natural do Acre, Silva se distanciou do PT por anos, mas iniciou uma campanha de reaproximação como resposta às políticas de Bolsonaro em relação à Amazônia, onde as taxas de desmatamento cresceram após sua ascensão ao poder.