Samuel Luiz Muñiz, 24 anos, é supostamente mais uma das vítimas da homofobia. O brasileiro que morava na Espanha, onde atuava como auxiliar de enfermagem na cidade de Corunha, região da Galicia, foi atacado por várias pessoas e espancado até a morte no último sábado (3). Testemunhas dizem que ele estava em uma videochamada no celular em um jantar com três amigas quando um homem confundiu a situação e pensou que estava sendo filmado pelo rapaz.
No entanto, as amigas afirmam que o brasileiro foi vítima de um ataque homofóbico e foi morto por ser homossexual. Maxsoud Luiz, pai de Samuel, pediu que as bandeiras e símbolos políticos fossem deixados de lado nas manifestações de homenagem e que seu filho fosse lembrado pelo que ele foi, “um profissional da saúde que sempre ajudou as pessoas”.
“Gostaria de pedir que retiremos bandeiras e políticos da manifestação. Não queremos que seja símbolo de nada, queremos respeitar todas as opiniões e fazer com que se lembrem do meu filho como ele era” disse o pai de Samuel Luiz.
Os amigos do rapaz garantiram que o espancamento que culminou em sua morte foi um crime homofóbico, pois os agressores o espancaram gritando ‘bicha’, mas seu pai disse e entrevista à imprensa local que Samuel nunca falava em casa sobre sua orientação sexual e pediu que o crime não seja usado para levantar qualquer bandeira ou ideologia.
Prisões
Até agora, treze pessoas foram presas por suposta relação direta ou indireta com a morte do brasileiro. Embora a Polícia ainda não tenha esclarecido os fatos, a versão sustentada é que o espancamento brutal que acabou com a vida do rapaz pode ser devido a um mal-entendido: um grupo de homens acreditava que Samuel estava gravando as mulheres que os acompanhavam com seu telefone celular e os outros homens foram tirar satisfação dando início à confusão.
Mas a tese de crime homofóbico também é investigada. Sob a hashtag #JusticiaParaSamuel, as redes sociais ficaram cheias de mensagens condenando o assassinato do jovem, que nunca escondeu sua homossexualidade, segundo informaram alguns amigos. Vários políticos também mostraram indignação com o crime que foi destaque na imprensa espanhola.