A pandemia do Coronavírus assola o mundo há mais de um ano e durante o período, muitas pessoas enfrentaram e ainda enfrentam dificuldades. Em momentos como esses, a solidariedade faz a diferença, como o exemplo da Casa de Fátima no Rio de Janeiro.
Fundada pelo médium Fernando Ben e mantida por várias pessoas, a entidade conseguiu realizar ações como a distribuição de cestas básicas para famílias do bairro de Sepetiba.
“A Casa de Fátima graças a Deus tem uma sede própria, não pagamos aluguel. E os membros se uniram para pagar as contas de água e luz, haja vista, que a Casa se mantém com o que é movimentado pela cantina. Neste período, por conta das demandas de proteção ao Coronavírus, bem como nos momentos que tivemos que fechar por decreto para todos os estabelecimentos no Rio de Janeiro, esta foi a forma de nos mantermos com as contas. Contudo, as ações sociais são mantidas por doações diretas, onde recebemos alimentos, roupas usadas, material para o consultório odontológico, etc. As famílias atendidas não foram afetadas, está sendo difícil, mas não desistimos delas“, afirma Fernando Ben..
Segundo ele, a Casa de Fátima nunca parou com as ações sociais, acreditando que “a nossa religião é o outro“. Ben destaca que, em primeiro lugar, é preciso lutar para ajudar os “invisíveis da sociedade“, que normalmente são esquecidos pelo poder público.
“A Casa de Fátima distribui cestas básicas para famílias do bairro de Sepetiba no Rio de Janeiro. Distribuímos mil pães quinzenalmente para a população. Inauguramos um consultório odontológico gratuito. Distribuímos semanalmente roupas usadas e em bom estado para a comunidade“, conta ele.
Foto: Delma Regina
A entidade ainda conseguiu arrecadar e doar ração para cachorros de rua, além de cadeira de rodas, higiênica e andador para pessoas carentes. “Recebemos ajuda das pessoas que doaram os alimentos e as cestas, tivemos a ajuda do doutor Antônio Golanowski na regulamentação e maioria dos equipamentos do consultório e pessoas das redes sociais que ajudaram nos equipamentos e produtos de higiene bucal que faltavam. Bem como, os doutores Thiago Barbosa e Rachel Barbosa estão cuidando voluntariamente dos assistidos“, explica Fernando Ben..
Os pães foram recebidos através de doação da Casa do Caminho. As roupas usadas chegam de toda parte. As cadeiras de rodas, higiênica e andadores, foram fornecidas pelo apoiador do projeto, Paulo de Vassouras, que cuidou anos de sua esposa que precisava de cadeira de rodas e após seu falecimento e recebimento da carta psicografada da mesma pelo médium Fernando Ben, passou a restaurar cadeiras e deixar na Casa de Fátima para doação.
“As rações para os cães de rua foram doadas por voluntários e frequentadores da casa que doaram os pacotes de ração. Eu e os voluntários nos revezamos para ajudar os cãezinhos de rua“, conta o médium Fernando Ben.
Em sua opinião, a pandemia causou muito mal estar nas pessoas, insegurança, medo do amanhã e outros sentimentos. Segundo ele, foi sentido, principalmente nos assistidos da Casa de Fátima, que neste período, eles precisavam de mais atenção, cuidado e carinho.
“Muitos voluntários, por causa da idade e comorbidades na saúde, estavam mais afastados em suas casas. Mas sempre presentes em tudo o que a Casa decidia para a demanda das atividades. Inclusive no projeto da Creche Comunitária, que segue bem para iniciarmos em 2022“, afirma..
Ben diz que apesar de todas as adversidades, a esperança deve permanecer no coração das pessoas. “Não perdemos a esperança, acreditamos que com as pessoas vacinadas aos poucos vamos voltar ao que estamos acostumados como normalidade. Sentimos os mortos nesta pandemia e o luto dos familiares que passaram por esta dor neste período tão difícil que ainda nos encontramos e acreditamos que estamos aprendendo muito com esta experiência e como sociedade buscaremos formas de nos sentirmos mais alegres e renovados quando tudo isso passar“.
Para o médium, a união das pessoas em prol dos menos favorecidos faz a diferença em momentos difíceis como o que o mundo enfrenta. “Acredito que cada pessoa, grupo ou instituição, pode ser útil nas possibilidades que tenha. Podem fazer campanha do quilo, pedindo comida de casa em casa para auxiliar os necessitados. Podem criar grupos online para ajudar pessoas em luto ou com outras demandas, por exemplo, e neste caso com apoio de um psicólogo. Podem divulgar boas notícias, bons exemplos e não transformarem suas redes sociais em palco para intrigas e ódio. Estes são alguns exemplos, mas o bem estará sempre como uma grande porta a todos que entendam que não estamos na terra para competir e sim para cooperar“, finaliza Fernando Ben.
Conheça os trabalhos sociais da Casa de Fátima neste link.
Fotos: Delma Regina